Parada desde 2008 - ano em que foi construída a estrutura -
por não serem aprovadas sucessivas candidaturas a financiamentos, a construção
do Lar de Altura foi retomada no final de 2017, por resolução da Associação
Cegonha Branca, com o apoio da Câmara Municipal de Castro Marim. Em termos
financeiros, depois da doação do terreno por parte do Município de Castro Marim
e de um empenhado processo de licenciamento do Lar e Centro de Dia de Altura, a
obra representa um investimento de cerca de um milhão e 900 mil euros,
estimando-se que a autarquia contribua com cerca de 450 mil euros, em função
das disponibilidades orçamentais.
Os recursos existentes estão, contudo, aquém do necessário, motivo
pelo qual se está a preparar uma candidatura a apoio financeiro do CRESC
Algarve 2020 – Plano de Dinamização Investimento de Proximidade. O projeto
nasceu da identificação de um dos maiores problemas do concelho, segundo o
Diagnóstico Social de Castro Marim, a resposta social para idosos. O
isolamento, associado ao aumento da esperança média de vida, o crescimento de
formas de organização familiar atípicas, ou mesmo a diminuição verificada nas
redes formais ou informais de solidariedade, constituíram o enquadramento que
deu origem à Associação Cegonha Branca e ao projeto do Lar de Idosos na
freguesia de Altura, segundo o presidente da instituição, Amadeu Chaves.
O Lar e Centro de Dia de Altura será constituído por 26
quartos, seis individuais, 15 duplos e cinco triplos, com capacidade total para
51 utentes residentes (unidade funcional até 60 residentes). A valência contará
também com gabinete médico e de enfermagem, sala de movimentação, salas de
atividades ocupacionais, salão de estar e bar, sala de refeições, cabeleireiro,
piscina interior, com vestiários e duches, e jardim. Está prevista a criação de
25 a 30 postos de trabalho.