Tem lugar, na Ermida de Nossa Senhora de Guadalupe, no dia 25 de novembro, o evento «Fado, Cante e Alma Algarvia», uma palestra e recital realizados no âmbito de Jangada de Pedra – Ciclo de música ibero-americana e da elevação do Fado a Património Imaterial pela UNESCO. Um Cocktail Mediterrânico com uma pequena degustação dos sabores mediterrânicos, apoiado pela Quinta do Barranco Longo, antecede a palestra multimédia por Daniela Tomaz e o recital do Duo Lundú «Raízes e Derivações do Fado Primitivo em Portugal e no Brasil», que começa pelas 16h30.
Estes momentos abordam as canções de câmara que no século XIX se tornaram populares nos salões particulares. Modinhas e Lundús evoluem nas constantes viagens entre Portugal e Brasil, resultando numa sonoridade e fusão de estilos que se considera estar na origem do Fado. O recital permitirá ao público conhecer uma parte importante do espólio da música erudita do século XIX, através de Modinhas, Lundús e Fado e dos compositores emblemáticos do século XX, interpretados pelo Duo Lundú na voz da mezzo soprano Joana Godinho e ao som da guitarra romântica de José Farinha, acompanhados na flauta e percussão pela convidada Daniela Tomaz.
A iniciativa é uma organização da Academia de Música de Lagos e integra o ciclo «Música no DiVaM», do programa da Direção Regional de Cultura do Algarve «Dinamização e Valorização dos Monumentos  2017 – Lugares de Globalização», pretendendo homenagear os três géneros culturais portugueses elevados a património imaterial da humanidade: o fado, o cante e a dieta mediterrânica.