Desde o dia 27 de maio que os cerca de 11 mil cidadãos
migrantes que residem no Concelho de Loulé e todos os que escolhem este Município
em busca de uma vida melhor têm um espaço onde poderão deslocar-se para obter
apoio e informação, contribuindo, assim, para uma melhor integração. O Centro
Local de Apoio à Integração de Migrantes (CLAIM) - Itinerante de Loulé
foi inaugurado pela Secretária de Estado para a Cidadania e a Igualdade,
Catarina Marcelino, executivo municipal, consulados e associações de países com
representação no Concelho.
A funcionar junto às novas instalações da Divisão de
Coesão Social e Saúde na Rua José Afonso, em Loulé, este espaço de acolhimento,
informação e apoio personalizado e descentralizado visa ajudar a responder às
necessidades dos migrantes em diferentes áreas: regularização de situação
migratória, nacionalidade, reagrupamento familiar, habitação, trabalho,
segurança social, língua, retorno voluntário, saúde, educação, formação
profissional, empreendedorismo, apoio ao associativismo, entre outras. Resultante
de uma parceria estabelecida entre a Autarquia de Loulé e o Alto Comissariado
para as Migrações, o CLAIM ficará dotado de dois técnicos, e irá cobrir todas
as freguesias do Concelho de Loulé, uma vez o atendimento também será prestado
em regime de itinerância, fazendo chegar o serviço junto de cidadãos que, de
outro modo, não teriam acesso a ele, por exemplo por falta de mobilidade ou de
recursos.
Como realçou a Secretária de Estado, Loulé está, desde a
primeira hora, neste processo de integração da imigração, nomeadamente com a
instalação do CLAI – Centro de Atendimento e Apoio ao Imigrante, em 2010, na
freguesia de Almancil, que já atendeu cerca de duas mil pessoas, mas também com
a implementação do Plano Municipal de Loulé para a Integração de Imigrantes
2015-2017, um dos primeiros elaborados a nível do país, que contou com a
participação da população migrante. Relativamente à filosofia dos CLAIM
itinerante, Catarina Marcelino sublinhou o facto de permitir que os imigrantes,
que muitas vezes trabalham num sítio diferente do local de atendimento, e em
horários diferentes, possam ser atendidos.
Sendo Portugal uma referência mundial na integração de
imigrantes, para a Secretária de Estado o “novo desafio que é colocado aos
países é a integração de refugiados”, pessoas que não tomam a decisão de
abandonar o seu país para melhorar a vida do ponto de vista económico mas
porque fogem da guerra e da perseguição. Uma vez que os territórios que melhor
acolhem os imigrantes são os que se desenvolvem melhor, o autarca de Loulé
sublinhou “o trabalho extraordinário nesta área” realizado pela equipa dos
serviços sociais da Autarquia. Nesse sentido, Vítor Aleixo referiu que o CLAIM
contribuirá para “dignificar o atendimento que é dispensado no Município de
Loulé aos imigrantes”.
Antes da inauguração do CLAIM, a Secretária de Estado
visitou a Feira Social do Concelho de Loulé 2017, na Cerca do Convento Espírito
Santo. a iniciativa, este ano
dedicada ao tema «Diversidade Cultural para o Diálogo e Desenvolvimento», surgiu
no âmbito do trabalho desenvolvido pela Rede Social de Loulé, promovida pela
Câmara Municipal, com a colaboração das instituições particulares de solidariedade
social locais e organismos públicos e teve como objetivo dar a conhecer o
trabalho realizado pelas entidades que, no território concelhio, trabalham na
área social, assim como as dinâmicas de parceria que vão sendo criadas e
fortalecidas.
Exposições de trabalhos realizados pelas entidades
participantes, divulgação da oferta social do Concelho, animação de rua, danças
e cantares de alguns países, atividades culturais, campanha de recolha de
livros e brinquedos usados e ainda a Exposição de Pintura «Travessias e
Profecias», de Dina Dias, foram algumas das componentes desta mostra. A
responsável governamental pela área da cidadania e igualdade enalteceu a
dinâmica social do Concelho de Loulé, protagonizada por uma Rede Social com 90
entidades participantes neste certame, comparando-a mesmo com casos emblemáticos
como os de Lisboa ou Sintra. Catarina Marcelino registou ainda “a integração
verdadeira e feliz” dos imigrantes que residem no Concelho que teve
oportunidade de testemunhar durante esta visita.