Após a estreia com «Obsessão», Miguel Madeira tem um novo policial pronto a ser lançado no mercado, desta feita «Vingança», mais uma história cativante que nos prende às páginas e que volta a ter a cidade de Loulé como palco principal. E ideia para um terceiro livro já existe, bastando haver tempo para se sentar com calma para lhe dar corpo, mas isso é uma história para outra altura…

Texto: Daniel Pina | Fotografia: Daniel Pina

Não é uma sequela pura, mas há pontes que unem «Obsessão» e «Vingança», o novo livro de Miguel Madeira que vai para o mercado no dia 3 de novembro, mais uma vez sob a chancela da Chiado Editora. De facto, o policial de estreia do venezuelano radicado em Loulé desde criança tinha um final aberto e que dava a possibilidade para um futuro seguimento da narrativa. “A «Vingança» encerra esta história que tem novamente a cidade de Loulé como pano de fundo e, mais uma vez, deixo a porta aberta para mais tarde retomar o tema, se assim o quiser. É criada uma nova personagem, o Inspetor Ângelo Simões, cujas aventuras poderei voltar a contar, caso tenha disponibilidade, arte e engenho para tal”, explica Miguel Madeira, à conversa durante um café matinal no centro de Loulé.
Sem querer desvendar o que vem por adiante, o autor conta que Ângelo Simões foi um antigo inspetor da INTERPOL com um passado vivido em França, mas há também uma personagem de «Obsessão» que se mantém em «Vingança» e que, sem ser um ator principal, colaborou em ambas as investigações, podendo dar origem a aventuras próprias. “A ideia é criar um conjunto de pessoas em torno das quais estes enredos se vão desenvolvendo e que, consoante o feedback que vou recebendo dos leitores, podem ganhar uma maior peso noutros livros. Eu não escrevo para mim, quero que os outros me leiam, sujeito-me às suas críticas, positivas ou negativas, e isso funciona como uma mola impulsionadora para que continue a escrever”, salienta, lembrando que, como praticamente ninguém vive da escrita em Portugal, só prossegue esta carreira quem realmente tirar prazer da caminhada.
Diz também uma velha máxima que só ficamos totalmente realizados quando tivermos um filho, plantarmos uma árvore e escrevermos um livro, mas escrever não é, de facto, um ato isolado para Miguel Madeira, é um bichinho que o acompanha deste pequeno e que vai ganhando forma à medida que a vida profissional o permite. “Ideia para um terceiro livro existe, mas o tempo é, realmente, uma condicionante para mim. Ao longo dos anos tenho ocupado determinados cargos públicos, uns por nomeação, outros por concurso, que me absorvem por completo o tempo quando os estou a desempenhar. Quando, por qualquer razão, cesso essas funções, regresso à Câmara Municipal de Loulé e há uma maior disponibilidade para retomar esta paixão que é a escrita”, descreve.

Leia a entrevista completa em:
https://issuu.com/danielpina1975/docs/algarve_informativo__129