No Algarve, o ano letivo 2017/2018 começou sem quaisquer sobressaltos, com milhares de jovens a regressarem às aulas depois das férias de Verão. Para este clima de normalidade muito contribuiu o «trabalho de casa» feito atempadamente pela Direção-Geral dos Estabelecimentos Escolares, através da sua Direção de Serviços na Região Algarve, trabalho esse pautado pelos princípios da proximidade, do trabalho de equipa, do consenso e da confiança recíproca.

Texto: Daniel Pina | Fotografia: Daniel Pina

Um pouco por todo o Algarve, milhares de jovens, sejam algarvios de nascença ou naturais de outros pontos do país ou, inclusive, de outras nações, regressaram às escolas para darem início ao ano letivo 2017/2018. Um «pontapé de saída» que, mais uma vez, aconteceu sem problemas, conforme revelou Francisco Marques, Delegado Regional de Educação do Algarve, fruto da relação que tem vindo a ser estabelecida, no passado recente, com toda a comunidade educativa, autarquias e associações de pais. “Temos feito um grande esforço para que, quando chegam os alunos, tudo esteja a postos para começar. Semana a semana fomos validando os horários pedidos pelos diretores das escolas para que todos os professores estivessem colocados no início do ano letivo”, afirmou.
Devidamente acauteladas foram, igualmente, as obras de manutenção e conservação dos estabelecimentos de ensino, numa região onde o parque escolar é relativamente moderno, existindo apenas alguns casos pontuais onde os edifícios requerem uma atenção especial. “Nesse sentido, temos vindo a intensificar o valor do investimento de recuperação e manutenção das infraestruturas, que aumentou bastante nestes dois últimos anos. De igual modo, fizemos todos os esforços para que as obras ficassem concluídas antes dos alunos chegarem às escolas, para evitar quaisquer constrangimentos”, referiu Francisco Marques, chamando ainda a atenção para os cuidados que se teve com a distribuição dos alunos pela região e com a elaboração das turmas de cada agrupamento escolar. “As turmas foram constituídas de acordo com as propostas dos diretores e concertadas em reuniões que aconteceram logo em abril, e que depois foram concretizadas após efetuadas as matrículas. Como é natural, nem sempre aquilo que está previsto em abril coincide com o que será implementado em setembro, pode haver alguns ajustes a fazer, porque as taxas de retenção e progressão podem variar de um ano para o outro e o número de alunos com necessidades educativas especiais também se altera com o decorrer do tempo”.
Planear com antecedência não é, de facto, uma ciência exata e Francisco Marques dá o exemplo concreto da inauguração do novo «Mar Shopping», em Loulé, que atraiu um conjunto de novas famílias para este concelho e levou à abertura de mais duas salas de pré-escolar no concelho. “Mas essa situação depressa ficou estabilizada, o que depois permitiu, também, a atempada contratação de mais professores. Fizemos o «trabalho de casa» a tempo e horas e isso inclui sinalizar, previamente, as necessidades de recursos humanos, seja de pessoal docente e/ou não docente. Há vários fatores a ter em conta, desde o número de alunos aos cursos profissionais e a toda a diversidade de ofertas e modalidades formativas em curso ou a implementar nas escolas, Unidades de Apoio Especializado, mas só em casos pontuais é que acontecem grandes alterações de forma inesperada”, indicou Francisco Marques.