O Largo de São Francisco, em Faro, voltou a transformar-se
num gigantesco restaurante a céu-aberto para se degustar os melhores frutos da
Ria Formosa, mas também outras especialidades regionais confecionadas à base
das receitas e tradições do concelho de Faro. Falamos da 24.ª Festa da Ria
Formosa, organizada pela Vivmar – Associação dos Viveiristas e Mariscadores da
Ria Formosa, que decorreu de 27 de julho a 6 de agosto e que levou muitas
dezenas de milhares de visitantes ao centro histórico da capital algarvia.
O certame gastronómico com entrada gratuita tem vindo a
crescer de ano para ano, sempre com o apoio da Câmara Municipal de Faro, e a
edição de 2017 superou novamente as expetativas de todos, com o recinto muito
bem composto de algarvios e turistas nacionais e estrangeiros. “O tempo ajudou,
houve bastante gente a passar todas as noites pelo Largo de São Francisco para
jantar em família e o mais gratificante é que saem satisfeitas da Festa da Ria
Formosa e com vontade de regressar no próximo ano. A Vivmar está de parabéns
por esta organização, que exige uma logística tremenda e um cuidado enorme, mas
as 13 bancas que estiveram presentes têm uma grande experiência e serviram
produtos de elevadíssima qualidade”, destacou Rogério Bacalhau, presidente da
Câmara Municipal de Faro.
Mais do que uma festa, estamos na presença de uma montra do
melhor que a Ria Formosa tem para oferecer em termos gastronómicos e de um
momento importante para a economia destes homens e mulheres do mar. E, olhando
para a multidão humana que nos rodeava, o Largo de São Francisco é um destino
obrigatório para quem está na região nesta altura do ano. “O mais difícil é
mesmo escolher o que comer. Há camarões para todos os gostos, as ameijoas são
tratadas de formas diferentes nos vários restaurantes, assim como o nosso
lingueirão, o arroz de marisco e a açorda. Os olhos comem primeiro que a boca,
por isso, há pessoas que vão diretas a uma banca e nem olham para as outras,
para não se perderem”, observa o edil farense, com um sorriso de satisfação
face ao sucesso deste festival.
Um festival onde o marisco é, sem dúvida, o ator principal e
a música funciona como um complemento, motivo pelo qual a Vivmar não investe em
cartazes com artistas demasiado caros. “A música faz o ambiente, ajuda a animar
as cerca de 10 mil pessoas que passam por aqui todas as noites, mas elas vêm
para comer, não propriamente para assistir a um concerto deste ou daquele
artista”, confirma o autarca, acrescentando que os chefes de cozinha são os
próprios homens do mar. “Os mariscos da Ria Formosa, o lingueirão, o berbigão,
a ameijoa, são trabalhados por pescadores e viveiristas com receitas e formas
de cozinhar que aprenderam com os pais e avós. Muitas destas famílias vivem e
consomem do mar, portanto, há aqui um tratamento gastronómico ancestral”,
sublinha Rogério Bacalhau.
Assumindo-se como um dos principais cartazes turísticos do
Verão de Faro, a Festa da Ria Formosa contribui fortemente para o aumento da
notoriedade do concelho, pelo que a intenção da autarquia, e da organização, é
continuar a introduzir melhoramentos. “Há três anos aumentou-se o recinto e os
restaurantes mudaram de lugar e, em 2018, é natural que haja mais algumas
alterações no espaço, para proporcionar melhores condições a quem nos visita.
São eventos que trazem muita gente de fora, mas que também dão bastante
satisfação a quem cá vive”, termina Rogério Bacalhau.
Texto: Daniel Pina | Fotografia: Daniel Pina
Leia a reportagem completa em:
https://issuu.com/danielpina1975/docs/algarve_informativo__120
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