Até final de setembro serão afixados 73 novos azulejos
tradicionais que irão substituir os números de polícia que se encontram
deteriorados ou que simplesmente desapareceram na zona antiga da cidade de
Albufeira. Esta é uma ação da Comissão Municipal de Toponímia, que desde 2015
atribuiu 100 novos topónimos, dos quais 35 foram propostos por Munícipes. Esta
comissão é composta por técnicos do município e diversos consultores externos,
e liderada pelo vereador Rogério Neto.
Durante o seu mandato, a comissão reuniu várias vezes, para
discussão e deliberação de propostas para atribuição de novos topónimos,
alteração e retificação de nomes e oficialização dos mesmos. Das atribuições
toponímicas deste ano, destacam-se dois antropónimos, aprovados por deliberação
camarária de abril. É o caso de João Bita, que foi o primeiro abastecedor de
água ao município, ainda em carro de tração animal e que é homenageado deste
modo, dando o seu nome à primeira rua que nasce no acesso ao Moinho do Cerro do
Malpique: “É uma homenagem a João Bita, porque é o acesso que faz a ligação
entre a parte mais cosmopolita e este moinho, situado num dos pontos
panorâmicos mais interessantes da cidade e que em breve será mais uma atração
quer para os turistas, quer para a população local. É uma rua que remete para a
memória, pois era por ali que pessoas iam moer os cereais e traziam as farinhas
para casa e por ali andou, provavelmente, João Bita a levar água a casa das
pessoa e ao moinho”, explica Rogério Neto
Outro antropónimo é o de Álvaro Bila, um albufeirense cuja
vida foi dedicada à música. Álvaro Bila estudou música e esteve vários anos a
integrar a Banda do Exército, tendo participado do filme «A canção de Lisboa».
Quando regressou a Albufeira, foi mestre das Bandas de Albufeira, de Paderne e
da Guia. Na autarquia participou como secretário da junta de freguesia de
Albufeira, alternando esta função com a de regedor.