Foi aprovado pelo Conselho de Ministros, no dia 20 de julho,
o decreto-lei que altera a denominação do Centro Hospitalar do Algarve para
Centro Hospitalar e Universitário do Algarve, de modo a intensificar a
integração das atividades de ensino superior, investigação e transmissão do
conhecimento científico na prestação de cuidados de saúde e, assim, aumentar a
qualidade destes cuidados e contribuir para a fixação de profissionais
qualificados na região. O diploma procede também à transferência para este
Hospital das competências da Administração Regional de Saúde do Algarve
relativas ao Centro de Medicina Física e de Reabilitação do Sul, de modo a
aproveitar sinergias, garantir uma utilização mais eficiente dos recursos
humanos e financeiros disponíveis e obter ganhos de racionalidade e qualidade.
Esta importante decisão de ponto vista estratégico para o Serviço
Nacional de Saúde vai contribuir para ultrapassar os problemas estruturais da
Saúde no Algarve, tal como o Presidente do Conselho Diretivo da ARS Algarve, Paulo
Morgado, defendeu quando iniciou funções, em março do corrente ano. Neste processo,
a ARS Algarve apostou no diálogo com os trabalhadores, com o Reitor da
Universidade do Algarve, com as câmaras municipais, com as entidades sindicais
e as ordens profissionais e dessas audições resultou um consenso generalizado
de todos os trabalhadores, sindicatos e de todo espectro político que constitui
uma oportunidade única.
O Centro Hospitalar Universitário do Algarve (CHUA) será
composto por quatro pólos: duas unidades hospitalares (uma em Portimão/Lagos e
outra em Faro), o Centro de Medicina de Reabilitação do Sul e um polo de
investigação e de ligação com a Universidade do Algarve, que vão trabalhar em
conjunto e com grande autonomia. O objetivo é aumentar a atratividade do CHUA
para que possa receber mais médicos, enfermeiros e outros técnicos de saúde, e
ao mesmo tempo reforçar a ligação à Universidade, nomeadamente fortalecer e
potencializar o curso de Medicina, para poder oferecer aos profissionais de
saúde uma oportunidade de crescer também no plano de investigação e dessa
maneira criar uma estrutura hospitalar forte, atrativa e dinâmica.
O Ministro da Saúde, Adalberto Campos Fernandes, sublinhou,
na conferência de imprensa do Conselho de Ministros, que a criação do CHUA, para
além dos «impactos diretos» que vai ter nos hospitais de Faro e de Portimão, e
na relação com a Universidade do Algarve e a Faculdade de Medicina, também “resolve
um problema que se arrastava há anos” no Centro de Medicina Física e de
Reabilitação do Sul, que agora passa para um «regime de Entidade Pública Empresarial»,
assim “solucionando todos os constrangimentos em termos de contratação de
recursos humanos” para toda a região.