Imaginar um local idílico, numa extraordinária beleza natural, patrimonial e paisagística, imaginar novos conceitos culturais e artísticos, juntar tudo num festival inovador e torná-lo realidade, é o que acontece, de 26 a 28 de Maio, na belíssima aldeia de Alte, no interior do concelho de Loulé. Este é o mote para o Fusos, uma fusão entre arte e artesanato que procura pontos de confluência e uma genuína convivência entre expressões.
Espalhado pelos muitos palcos da aldeia (Fonte Grande, Fonte Pequena, Pólo Museológico, Casa do Povo, Parque de Jogos, Largo José Cavaco Vieira, Horta das Artes, Escola Profissional e Queda do Vigário), o festival promete surpreender por inusitadas parcerias entre artistas e artesãos. Um concerto de música com o som dos artesãos a trabalhar em tempo real em cima de um palco (OrBlua com artesãos), um sonoplasta a sobrepor camadas sobre cantares da serra algarvia (Moçoilas com mEEkAlnUt), um espetáculo de dança onde o bailarino partilha o palco com pescadores (Movimentos no Mar e na Terra), ou uma performance que junta a narração à música e à sonoplastia (Janelas na Aldeia), são alguns dos destaques para esta edição de estreia. Juntam-se ainda vários artistas como os Artesãos da Música, Mauro Amaral, Azinhaga, Filipe Valentim, Cal e António Pires e não faltam atividades para crianças, sendo todo o festival adequado para todas as idades.
Dentro do espírito do Fusos, estão patentes duas exposições, uma de fotografia intitulada «A minha casa, a minha aldeia», com fotografias de Alte tiradas pelas crianças da escola primária de Alte, mostrando a visão que o olhar infantil tem da sua própria aldeia; e «Simbis», uma exposição de artes plásticas que resulta de trabalhos a quatro mãos, já que peças criadas por artesãos foram entregues a artistas plásticos para alterarem e criarem novos objetos. Durante o Fusos haverá ainda um ciclo de cinema com a exibição de três documentários sobre a cultura algarvia - «António Aleixo, na terra acho, na terra deixo», de Carlos Fraga; «Quem manda aqui sou eu», de Tiago Pereira; e «Terra que nos acolhes», de Carlos Norton.
No decorrer do festival os visitantes podem visitar o mercado da pulga (velharias) e de artesanato e participar nas oficinas oferecidas (construção de flautas, trabalho em esparto e gravura). Todo o festival é feito em itinerância e não há sobreposição de horários, para que todos possam assistir a tudo. Na abertura do festival, os habitantes da aldeia vão construir uma escultura comunitária e, no encerramento do festival, são os visitantes que a vão pintar. Durante o festival, todos podem «tocar» no andarilho de Alte - Escultura sonora que percorre o caminho entre palcos e onde todos podem tocar nos vários instrumentos incorporados.
FUSOS é uma organização da Fungo Azul, inserido no Programa «365 Algarve» e conta com o apoio do Município de Loulé, do Museu Municipal de Loulé e da Junta de Freguesia de Alte.