Em 2016, o Algarve registou mais de 18 milhões de dormidas na hotelaria, marca nunca antes alcançada por nenhum destino turístico nacional, segundo dados divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística no dia 15 de fevereiro. O  Algarve alcançou o primeiro lugar em Portugal não apenas em relação às dormidas de estrangeiros (14,2 milhões, que representam 37,2% de todas as dormidas de estrangeiros no país), como também de residentes (3,9 milhões, ou seja, 25,4% do total das dormidas de residentes em Portugal). “Depois de um ano a todos os níveis difícil no que concerne à gestão dos parcos recursos que nos são atribuídos, tivemos um desempenho exemplar em termos turísticos. Para um sector estruturante como o turismo seria expectável que se prolongasse este ciclo virtuoso, continuando a investir-se hoje para continuar a colher-se no futuro. Gostaria que o turismo tivesse o tratamento diferenciado que já fez por merecer”, declara o presidente da Região de Turismo do Algarve, Desidério Silva.
Em todo o ano de 2016, o valor acumulado das dormidas em estabelecimentos hoteleiros, aldeamentos e apartamentos turísticos no Algarve alcançou a fasquia dos 18,1 milhões, mais 9 por cento do que no ano anterior. Os mercados externos emissores de turistas para a região, liderados pelo Reino Unido, originaram 14,2 milhões de dormidas, mais 11,9 por cento do que em 2015.
Os proveitos totais da hotelaria regional fecharam o ano de 2016 com uma subida acentuada face ao ano anterior, na ordem dos 19,4 por cento, para um valor recorde de 904,6 milhões de euros, e os proveitos de aposento aumentaram 21,1 por cento, para 666,4 milhões de euros. Também neste indicador foi o Algarve a registar o valor absoluto mais elevado de todas as regiões nacionais.
De janeiro a dezembro, o INE assinala igualmente uma evolução positiva nos hóspedes na hotelaria da região, alcançando quatro milhões de hóspedes, um resultado 10,1 por cento acima do verificado no período homólogo. No Algarve, a estada média nos estabelecimentos hoteleiros situou-se nas 4,49 noites, valor que compara com uma estada média a nível nacional de 2,81 noites.
O ano foi também de recordes no Aeroporto de Faro, por onde passaram, em 2016, 7,6 milhões de passageiros, número que constitui um novo recorde para a infraestrutura depois de um crescimento de 18,5 por cento em relação a 2015. O número de movimentos de aviões subiu 18,7 por cento. Por mercado, o destaque vai para o Reino Unido, com 3,9 milhões de passageiros movimentados em Faro (+12,9%) e uma quota de mercado de 51,5 por cento. Seguiram-se a Alemanha, com 882 mil passageiros (+22,3%); Irlanda, com 684 mil passageiros (+16,5%); Holanda, com 660 mil (+17,2%); e França, com 418 mil passageiros e um crescimento excecional (+112,8%).
O golfe continua a ser um produto turístico de extrema relevância para o Algarve no combate à sazonalidade do turismo balnear. Atualmente existem cerca de 40 campos de golfe dispersos pela região com diferentes características, sendo possível praticar a modalidade ao longo de todo o ano. Em 2016 foram registadas cerca de 1,3 milhões de voltas de golfe, o que correspondeu a um aumento de 10,5 por cento em relação ao ano anterior. Os meses de outubro (161 mil voltas) e abril (148 mil) são os mais procurados pelos golfistas no destino. Fevereiro (+23,0%) e abril (+19,8%) registaram as maiores subidas relativamente a 2015.