Na senda da construção de uma comunidade mais resiliente, o
Município de São Brás de Alportel organizou a Tertúlia «Como escutamos as
catástrofes», no dia 21 de novembro, pelas 21h, no Salão Nobre dos Paços do
Concelho. O painel de oradores contou com Carina Coelho, da Autoridade Nacional
de Proteção Civil, Catarina Neves, jornalista da SIC, e João Estevão,
investigador da Universidade do Algarve.
Em representação da Autoridade Nacional de Proteção Civil,
Carina Coelho apresentou alguns resultados obtidos através de um simulador de
Risco Sísmico e Tsunami, uma ferramenta que permite obter previsões de danos
georreferenciadas, para melhor gerir casos de emergência após uma ocorrência.
Este simulador calcula, utilizando um software adequado, um conjunto de
parâmetros que descrevem a amplitude da ação sísmica dos efeitos sobre as
diferentes infraestruturas construídas, obtendo uma previsão dos danos e da
população afetada.
Tendo acompanhado bem de perto a situação vivida em
Amatrice, cidade italiana fortemente abalada por um sismo de magnitude 6,2 no
passado mês de agosto, a jornalista Catarina Neves partilhou o seu testemunho e
a experiência vivida em cenários semelhantes, lançando a reflexão sobre as
questões éticas e deontológicas com que se deparou durante a realização das
suas reportagens. O investigador em Engenharia Sísmica e docente na Universidade
do Algarve, João Estevão, cruzou diversos dados para explicar o comportamento
de diferentes infraestruturas e a dinâmica dos edifícios. Através de simulações
e análise de diferentes parâmetros, o investigador fez uma abordagem sobre os
efeitos provocados pelos sismos nas construções.
A forma «Como Escutamos as Catástrofes» foi tema da tertúlia
concretizada no âmbito do Dia Internacional para a Redução das Catástrofes,
celebrado mundialmente a 13 de outubro, com o objetivo de sensibilizar a comunidade
para a adoção de comportamentos de segurança na tentativa de construir cidades
mais resilientes. Atenta a esta temática, a Câmara Municipal de São Brás de
Alportel promoveu este debate, por intermédio do Serviço Municipal de Proteção
Civil, sobre a prevenção, os comportamentos a adotar e os efeitos de uma
catástrofe natural.