Mbongwana Star (Congo), Danakil (França), Moh! Kouyaté
(Guiné-Conacri), Blick Bassy (Camarões) e Chico Correa (Brasil) são mais alguns
dos nomes que se irão juntar ao cartaz do 13.º Festival MED e que vão estar em
estreia absoluta em Portugal.
Mbongwana Star é uma banda recém-formada por Coco Ngambali e
Theo Nzonza, ex-fundadores do mítico grupo Staff Benda Bilili, constituída
por sete elementos da República Democrática do Congo. Nos bairros periféricos
de Kinshasa, as formações musicais são recicladas como tudo o resto. Música e
instrumentos musicais, moda, arte, bijuteria, engenhocas de pedais e veículos a
motor, todos se levantam e se reconstituem a partir do inesgotável amontoado de
sucata. Coco e Theo recolheram as peças necessárias a uma nova banda com
elementos mais jovens, reunindo-os com o nome de Mbongwana Star - ‘mbongwana’
significa ‘mudança’. O seu primeiro disco, editado pela conceituada World
Circuit Records, saiu no mercado em junho de 2015 e foi aclamado mundialmente.
Danakil é um fenómeno do reggae francês, fundado em 2000,
ano em que lançou a sua primeira demo que viria a atingir 1 milhão de vendas.
Só em 2006 é lançado o seu primeiro álbum. As suas músicas falam de temas como
as desigualdades sociais entre o Norte e Sul, as dificuldades em África, a
hipocrisia política, os problemas ambientais ou o consumismo da sociedade
atual, transmitindo a ideia de um mundo utópico, onde a liberdade contrasta com
os nossos dias. A sua sonoridade é fortemente influenciada por nomes como Mighty
Diamonds, Israel Vibration, Third World, Don Carlos, Steel Pulse
e Brahim. Ao longo da sua carreira receberam já diversos prémios, entre os
quais, Best French Reggae Award, nos Web Reggae Awards 2008, Best French Reggae
Album Award, nos 2012 Reggae Victory Awards e Best French Reggae Album
para Echos du Dub e Best Live Album para Live on Air a la Cigale,
nos 2013 Reggae Victory Awards.
Quem também irá pisar os palcos portugueses pela primeira
vez é Moh! Kouyaté que combina o género do Mandingo tradicional e o Afro Beat
ou Funky, em Soussou, Malinka, Djahanké, Pulaar e Francês. Moh! fala de
felicidade, dificuldades do dia-a-dia, exílio, dúvidas do quotidiano da
Guiné, luta e esperança.
Blick Bassy, cantor/compositor, nasceu na República dos
Camarões, em 1974, e cresceu na capital, Yaoundé, tendo apenas tomado
contacto com a cultura dos seus antepassados Bassa, na aldeia dos avós,
para onde foi viver, aos dez anos. Aos dezassete anos forma a primeira banda
Jazz Crew, seguidos dos Macase, em 1996. Lança, com os Macase, os álbuns Etam
(1999) e Doulou (2003). Deixa os Macase em 2005 e muda-se para Paris, onde faz
trabalhos com Manu Dibango, Cheick Tidiane Seck, Lokua Kanza e Etienne Mbappe
antes de assinar contrato e lançar o seu álbum de estreia, Léman (Espelho),
como artista a solo, a 19 de maio de 2009.
O guitarrista brasileiro Chico Correa é também um ativo
produtor, DJ e artista ao vivo. Os seus temas são influenciados pelos ritmos da
música popular brasileira, como o Coco, o Samba e o Baião, misturando o som do
Nordeste Brasileiro com 0 eletrónico. No Festival MED sobe ao palco na sua
qualidade de DJ, onde promete levar a multiculturalidade do Brasil para as
novas vagas da eletrónica.
Estes nomes vão juntar-se aos já anunciados Dubioza Kolektiv
(Bósnia e Herzegovina), Tinariwen (Mali), Emicida (Brasil), Hindi Zahra
(Marrocos/França), Alo Wala (Dinamarca/Noruega/Estados Unidos), Ana Tijoux
(Chile) e os portugueses António Zambujo, Capicua, Aldina Duarte e Isaura. O
evento decorre nos dias 30 de junho e 1, 2 e 3 de julho, na Zona Histórica de
Loulé. Os bilhetes estão disponíveis online em diversos pontos de venda,
através da parceria com a BOL – Bilheteira Online, com os seguintes preços:
Bilhete Diário - 10,00€, Bilhete Festival (acesso aos 3 dias de Festival) - 25,00€
e Bilhete Diário Família (2 adultos e 2 crianças até 16 anos) - 25,00€.