A condução desta passagem por Faro está nas mãos, como
sempre, do jornalista João Paulo Sacadura. Na bagagem leva temas da atualidade,
os livros e a literatura, e certamente, o Prémio Literário José Saramago. A
atribuição deste prémio une os dois autores, sendo que a edição deste distinguiu
As primeiras coisas, romance de estreia de Bruno Vieira Amaral e, em 2005,
Jerusalém, de Gonçalo M. Tavares. Uma conversa de noventa minutos que deixa
ainda espaço para as questões da plateia e para as habituais sessões de
autógrafos.
Na estrada desde 25 de Abril de 2015, a Viagem Literária
iniciou-se no distrito de Bragança e passou já por sete distritos. A etapa em
Faro marca a última sessão de 2015 deste verdadeiro festival literário
itinerante, sempre à boleia de grandes autores e com uma excelente afluência de
público. Em 2016, a Viagem recomeça nas Ilhas, com uma primeira paragem no
Funchal, no dia 23 de janeiro.
Bruno Vieira Amaral nasceu em 1978. Formado em História
Moderna e Contemporânea pelo ISCTE, é crítico literário, tradutor, e autor do «Guia
Para 50 Personagens da Ficção Portuguesa» e do blogue «Circo da Lama». Colabora
com a revista «Ler» e é assessor de comunicação das editoras do Grupo Bertrand
Círculo. «As Primeiras Coisas» é o seu primeiro romance, e foi distinguido com
o Prémio PEN CLUBE Narrativa, Prémio Literário Fernando Namora e Prémio
Literário José Saramago 2015.
Gonçalo M. Tavares nasceu em 1970 e desde 2001 que publica
livros em diferentes géneros literários. Os seus livros receberam vários
prémios em Portugal e no estrangeiro e deram origem, em diferentes países, a
diversos trabalhos artísticos e académicos. Em 2010, a obra «Aprender a Rezar
na Era da Técnica» recebeu o Prémio do Melhor Livro Estrangeiro, em França. É
um dos dez escritores que fazem parte do Comité do Finnegan’s List 2014, European
Society of Authors. Está a ser traduzido para cerca de trinta línguas.
Até setembro de 2016, esta iniciativa vai percorrer mais sete
capitais de distrito e as duas capitais das Regiões Autónomas, levando os
escritores ao encontro dos seus leitores, contribuindo para a descentralização
e democratização do acesso à cultura. Em cada cidade estarão à conversa dois
escritores, com moderação do jornalista João Paulo Sacadura. Os espaços em que
decorrerão as sessões serão, preferencialmente, os teatros municipais, por
forma a permitir a participação de centenas de leitores, e os bilhetes serão
gratuitos.